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Armazém de textos em que alguns até poderão ter piada

sexta-feira, maio 20, 2005

Se não fosse o giz o que seria dos papagaios, por Abstrôncio Silva (ao Rui Vale de Sousa)

“Viva a Monarquia! Abstrôncio à Presidência!”

Esta frase resume todo o livro. Trata-se de uma obra memorialista, escrita de uma forma auto-bio-gráfica. A escrita é ligeira, porém profunda, tem uma cor citrina e um sabor levemente frutado. Deve-se servir fresca, entre os 4 e os 6 graus.

A história gira à volta de 3 personagens:
Eu (ele), Alberto e Florbela.
No fim passam a 4:
Eu (outra vez ele), Alberto, Florbela e Clara Margarida.
São as aventuras e desventuras destes três personagens, depois 4, que marcam o ritmo da obra. E como eles obram!

É um livro feito de afectos, por vezes desafectos, de drogas, de sexo (mais entrevisto que visto), de ilhas, de naves espaciais, T3’s e T4’s, suícidios, encontros e desencontros.

Podemos resumir a narrativa nas seguintes linhas de força:
Alberto Ama Florbela
Florbela ama Eu (ele)
Eu (ele) não sabe quem ama
Alberto casa com Florbela
Florbela tem uma gravidez diarreica
Eu (ele) conhece Clara Margarida
Ninguém percebe como é que aparece a Clara Margarida
Eu (ele) casa com Clara Margarida

Tudo o resto é pó, quero eu dizer, é giz, desde a casa junto ao rio até à Atlântida, os acontecimentos giram à volta deste triângulo que depois se transforma em quadrado – figuras geométrico-sentimentais traçadas a giz, pois claro.

E é do giz que se parte para o Gizismo!
Filosofia de vida? Talvez!
O Gizismo é assim como o Abstroncionismo, mas ao contrário. Ser gizista confere ao seu utilizador a capacidade de promover pequenas coisas em grandes coisas, a capacidade de gerir conflitos através de sais de fruta, a capacidade de prescrever medicamentos genéricos mesmo que eles não existam, a capacidade de ordenhar ovelhas num rebanho só de carneiros. Isto é o Giszizmo!

Resta-me dizer que aconselho vivamente a leitura desta obra, sobretudo a senhoras grávidas. Testes feitos por três laboratórios franceses independentes, provam que o Gizizmo (sinceramente prefiro o termo Abstroncionismo, mas ao contrário) evita a transpiração supérflua no momento do parto. Só por isso já poderíamos considerar este livro, como entre os maiores do mesmo autor.

Muito mais haveria para dizer acerca desta obra, descrita (e muito bem) pelos prefaciadores como uma obra tia da literatura mundial (acrescentaria eu, cósmica), mas termino como comecei:

“Viva a Monarquia! Abstrôncio à Presidência!”

Esta frase resume todo o livro. Trata-se de uma obra memorialista, escrita de uma forma auto-bio-gráfica. A escrita é ligeira, porém profunda, tem uma cor citrina e um sabor levemente frutado. Deve-se servir fresca, entre os 4 e os 6 graus.

5 Comments:

At 3:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Heheheeee... FABULOSO!
Acho que o Rui devia escrever um livro de parceria contigo...
Ai, meu Deus! Que fui eu dizer!...
Beijinhos aos dois e, já agora, ao Alberto, à Florbela e à Clara Margarida.

 
At 9:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Acho que ja consigo
tb só te queria mandar um abraço
:)))

 
At 9:44 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Acho que ja consigo
tb só te queria mandar um abraço
:)))

Abtrôncio Silva

 
At 10:27 da manhã, Anonymous Anónimo said...

É mesmo "abstroncio"... nem escreve direito o nome dele!
Ai ai ai... o que seria do giz...

 
At 11:37 da manhã, Blogger João Castela Cravo said...

Foi da emoção...

 

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